TOUR PELA CIDADE ALTA
BAIRRO CIDADE ALTA - é o bairro onde está localizado o Marco Zero da cidade de Natal.
O atual bairro da Cidade Alta (também chamado de "Centro"), segundo alguns historiadores contam, foi o local onde a cidade do Natal nasceu, em 25 de Dezembro de 1599, mas outras versões da história contam que Natal foi fundada em 25 de dezembro de 1599, porém não
em seu ponto zero, a cidade foi fundada dentro da Fortaleza dos Reis Magos,
protegida pelas muralhas de pedra e argamassa com óleo de baleia.
Este local foi escolhido para ser o ponto central da futura cidade de Natal por ser solo elevado e e firme à margem direita do Rio Potenji (o termo "potenji" origina-se da língua tupi e significa "água de camarão", através da junção dos termos potim("camarão") e y ("água").
Descrição de Imagem: Mapa do Bairro Cidade Alta, em Natal |
O bairro da Cidade Alta possui em sua grande parte área comercial, principalmente ao longo da Avenida Rio Branco e da avenida Princesa Isabel, ruas essas quem em grande parte foi loteado por lojas e varejo dos mais variados tipos. Algumas lojas famosas presentes no bairro são C&A, Lojas Riachuelo, Lojas Americanas, Lojas Marisa e Leader (inclusive essa última sendo a maior loja da rede no Nordeste instalada no bairro.
Também encontramos nas nas ruas do bairro, várias construções do período colonial, muitas delas preservando as características de Portugal colonial. Também temos várias construções que foram sede dos mais importantes momentos da história do Estado, como a antiga sede do Governo, a casa do Presidente João Fernandes Café Filho, a Igreja do Galo e etc. O bairro merece uma boa visão, pois preserva grande parte da história, e possui construções imponentes de períodos dos nossos antepassados.
Conta Câmara Cascudo que a cidade possuía doze casas em 1614,
e em 1631, sessenta. Isso quer dizer que durante o começo do século XVII, a
cidade não era habitada ainda, e nas primeiras três décadas do século é que ela
começou a se formar no espaço mais alto entre as dunas e o rio Potengi, um
ponto mais alto e mais elevado para proteger os habitantes do ataques comuns
das tribos indígenas da região. As primeiras construções públicas de
Natal foram todas nos arredores da praça: a Igreja Matriz e a Casa de Câmara e
Cadeia. Estrutura esta que se manteve por séculos
COMO CHEGAR NO BAIRRO CIDADE ALTA:
1. PRAÇA ANDRÉ DE ALBUQUERQUE MARANHÃO
Está localizada no bairro da Cidade Alta (Centro Histórico de Natal-RN).
Contudo,
o nome da praça não se relaciona com alguém ligado a fundação da cidade, pelo
menos não diretamente. O nome é do bisneto do fundador da cidade, Jerônimo de
Albuquerque Maranhão, um mestiço de português, chamado também Jerônimo, e uma
índia tabajara, Tabira ou Maria do Espírito Santo (após o batismo). O André que
batiza a praça é filho de André e Josefa do Espirito Santo Ribeiro, e
nasceu em 1715 em Canguaretama, no Rio Grande, no Engenho Cunhaú. Cavaleiro da
Casa Real, foi educado no Rio de Janeiro e em Lisboa, apesar de ter feito suas
primeiras letras em Natal. Porém, o batismo da praça em sua homenagem se dá por
causa da participação dele na Revolução de 1817, também chamada de Revolução
Pernambucana, que visava separar as capitanias de Pernambuco, Paraíba e Rio
Grande do controle absolutista português por causa da influência das ideias
liberais iluministas vindas da França por meio das lojas maçônicas. André de
Albuquerque foi o líder do movimento na capitania, chegou inclusive com suas
tropas a tomar a cidade do Natal e proclamar a república instalando-se como
presidente de província de 29 de março a 25 de abril quando
contra-revolucionários invadiram seu gabinete e o apunhalaram, jogando-o para
morrer numa cela no Forte dos Reis Magos.
Na Praça André de Albuquerque, localizada no bairro, foram inaugurados, em 1599, o Pelourinho e a Igreja Matriz, com a celebração da primeira missa. Este lugar foi a primeira rua da cidade que, inicialmente, se chamava Rua Grande. Neste trecho, erguia-se a cadeia, com o Senado da Câmara e o sobrado do Governo. Havia ainda, a provedoria fiscal, depois Real Erário, e algumas igrejas, ainda hoje existentes, que constituem o sítio histórico do Natal, dentre as quais se destacam a Igreja de Nossa Senhora da Apresentação, e a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos.
Infelizmente, ao longo das décadas após a criação da praça em 1888, esta sofreu várias reformas e intervenções que alteraram e descaracterizaram de forma significativa os monumentos históricos, o paisagismo e outros aspectos.
O
pelourinho natalense ficava também nos arredores da praça André de Albuquerque.
E foi motivo de grandes discussões. Durante os primeiros anos da república, ele
foi retirado por representar o poder colonial e “escondido” num sala no Forte
dos Reis Magos, porém, graças a um projeto apoiado por Câmara Cascudo, no fim
da década de 1940, ele foi reintroduzido na paisagem da praça em um monumento
que celebrava a história potiguar, junto com os canhões restantes da fortaleza.
Eram as peças mais antigas da história potiguar e, segundo Cascudo, isso
deveria ser visto pelos natalenses. Porém na década de 1950, nova reforma,
retirou o monumento da praça e foi substituído por uma estela em homenagem aos
Mártires de 1817, os mártires da república. O pelourinho potiguar acabou sendo
destruído nesta remoção e um monumento em homenagem a libertação de escravos
foi colocada no seu lugar original ao lado da Igreja de Nossa Senhora do
Rosário dos Pretos ( que vamos abordar nessa postagem, mais abaixo).
A
Casa da Câmara e Cadeia era o edifício no período colonial e imperial
brasileiro, no qual estavam instaladas os órgãos da administração pública
municipal. Abrigava os poderes legislativo, o Presidente da Câmara,
o Procurador do munício, a Câmara municipal, a Câmara de Vereadores;
judiciário, o Juiz de direito, o Tribunal e o Juiz de fora; além da a Milícia e
a cadeia pública. Porém, boa parte das cidades brasileiras, após a
proclamação da república derrubou as suas Casas de Câmara e Cadeia, como
aconteceu em Natal. O último prédio natalense, que ficava na Praça André de
Albuquerque, é de 7 de maio de 1770 e foi derrubado em 1911. Ele ficava aonde
fica hoje a rua João da Mata.
(informações mais detalhadas sobre esse assuntos, no link: https://nataldasantigas.wordpress.com/2012/05/09/roteiro-praca-andre-de-albuquerque-casa-de-camara-e-cadeia/
Descrição de Imagem: Vista área da Praça André de Albuquerque |
No entorno da Praça André de Albuquerque Maranhão também encontramos vários locais históricos, dignos de tempo para visita-los.
2. MARCO ZERO
Nesta praça existe o obelisco que representa o marco zero da cidade de Natal, também conhecido como Monumento aos Mártires de 1817.
Conta a história que durante
o mandato do prefeito Sílvio Pedroza, entre 1946 e 1950, Câmara Cascudo era seu
secretário de cultura. Foi ideia então deste último comemorar o 350º
aniversário da cidade, com a construção desse obelisco.
Segundo os registros históricos, neste local deu-se o lançamento da pedra de fundação da cidade, em 25 de dezembro de 1599, pelo Capitão Jerônimo de Albuquerque, (Século XVI).
3. MATRIZ NOSSA SENHORA DA APRESENTAÇÃO:
A Igreja Matriz de Nossa Senhora da Apresentação, é o mais antigo templo católico do Estado, popularmente conhecida como Catedral Velha ou Catedral Antiga, localiza-se no bairro da Ribeira em Natal.
Tombada pelo governo estadual, destaca-se na paisagem urbana da atual Praça André de Albuquerque, antiga Rua Grande, dos primórdios de Natal, em pleno cento histórico da capital, sendo a primeira igreja da cidade.
Originalmente foi uma
capela primitiva, sem data precisa de fundação, mas sua construção obviamente
só pode ter começado após a fundação da cidade. No entanto, a primeira missa
realizada na cidade foi feita pelo jesuíta Gaspar de Samperes, o arquiteto
responsável pela planta da Fortaleza dos Reis Magos e também da futura Matriz.
O projeto de Samperes foi finalmente concluído em 1619, ganhando paredes mais
firmes , firmes o
bastante para proteger a população durante os ataques holandeses feitos à
cidade com a invasão em 1633, período no qual se tornara um templo calvinista,
e recuperada depois dos estragos feitos pelas invasões holandesas em 1694. Em
1786 ganhou seu batistério. E somente em 1862 sua atual edificação foi
completada com a construção da torre cimeira. No início do século XX, no
entanto, sua fachada foi restaurada ganhando elementos ecléticos que na
restauração proposta, em 1994-95, pela equipe do arqueólogo Paulo Tadeu de
Souza Albuquerque, foram retirados. Os processos de restauração são assim
mesmo, é necessário que o restaurador escolha um momento da história do prédio
para parar, contudo apesar da exclusão dos elementos ecléticos, outros elementos
de camadas mais antigas, como elementos da primeira capela, foram expostos.
Esta igreja é dedicada à padroeira da
capital potiguar, Nossa Senhora da Apresentação. Curiosamente a imagem colocada
no altar é a de Nossa Senhora do Rosário. Quem conta melhor essa história é
Câmara Cascudo. Ele conta que em 21 de novembro de 1753 um grupo de pescadores
encontrou um caixote de madeira encalhado nas rochas do Rio Potengi, em frente
a atual Pedra do Rosário. Dentro do caixote havia uma imagem de Nossa Senhora
do Rosário e a mensagem: “Aonde esta imagem aportar nenhuma desgraça
acontecerá”. Os pescadores avisaram ao vigário da cidade, P. Manoel Correia
Gomes, que decidiu que como dia 21 de novembro se comemora a festa de
apresentação de Nossa Senhora ao templo de Jerusalém a imagem foi batizada como
Nossa Senhora da Apresentação e proclamada padroeira da cidade.
ENDEREÇO: Praça André de Albuquerque – Cidade Alta – Centro Antigo - Fone (84) 3615.2800
4. INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO
Arquivo e biblioteca relacionados à história e geografia do Rio Grande do Norte.
O IHGRN localiza-se ao lado da antiga Catedral de Natal e do Palácio da Cultura (antiga sede do governo estadual), na Praça André de Albuquerque Maranhão.
A Casa do IHGRN, na Rua da Conceição, nº 622, foi construída em 1906, numa época em que se vivia a euforia do remodelamento e do embelezamento das cidades, um projeto das elites republicanas para modernizar a sociedade e as instituições brasileiras. O seu prédio expressa uma arquitetura neoclássica, típica da européia da segunda metade do século 2XIX, revelada por seu desenho geométrico, pelas colunas, pelo entablamento, bem como pelo modo de acesso pelas laterais (valorizado pelas escadarias) e fachada monumental.
Na fachada, destacam-se os frontões curvos triangulares, as balaustradas arrematadas com o coroamento das paredes, as esquadrias em madeira e vidro e os vãos de vergas retas. Esse prédio foi tombado como patrimônio estadual, em 30 de novembro de 1984.
O Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte (IHGRN) é a mais antiga e tradicional entidade cultural do Estado, e possui um rico acervo sobre a história colonial do Estado. Fundado em 1902, pelo desembargador e escritor Vicente Simões Pereira de Lemos, o Instituto sempre foi composto por um grupo de intelectuais, que tinham o mesmo propósito de preservar a memória histórica do RN.
Endereço: Rua da Conceição, 622 e 623 - Cidade Alta
5. COLUNA CAPITOLINA
5. COLUNA CAPITOLINA
Veio do Templo Romano de Júpiter, datada do século VI ac, localizado no Monte Capitólio, em Roma.
Observação: Primeiramente foi erguida na Esplanada do Cais do Porto, na Ribeira, no dia 8 de janeiro de 1931. Quatro anos depois, como o promotor da doação foi o ditador italiano Benito Mussolini, o monumento foi considerado um símbolo fascista e durante a Intentona Comunista (1935), a coluna chegou a ser derrubada. Permaneceu em lugar ignorado durante muitos anos até ser reencontrada e novamente erguida, dessa vez na praça João Tibúrcio e depois para a Praça Carlos Gomes no Baldo. Por fim foi transferida para o largo do Instituto Hitórico e Geográfico na Praça André de Albuquerque *, onde se encontra até hoje.
A Coluna Capitolina é uma coluna Romana, presente da Itália ao povo do Rio Grande do Norte, em agradecimento pela boa acolhida oferecida aos aviadores daquele país, Carlo del Prete e Arturo Ferrarin, que pilotand oo avião Savoia-Marchetti S-64 alcançaram a cidade de Touros (litoral do Rio Grande do Norte), após um voo de 49 horas e 19 minutos, sem escalas, vencendo uma distância de 7.163 quilômetros, provenientes de Roma.
A coluna Capitolina foi inaugurada em 8 de janeiro de 1931; foi trazida a bordo do navio”Lanzeroto Mlocello”, que participou do apoio à primeira travessia aérea do Atlântico Sul feita por um esquadrão, sob o comando do General Italo Balbo.
Ás 07:30 horas do dia 8 de janeiro, foi rezada uma missa campal pelo Bispo Dom Marcolino Dantas, na esplanada do Cais do Porto, com as presenças das tripulações de todos os aviões e do navio de apoio. Depois da celebração, houve a inauguração do monumento. Dom Marcolino abençoou a coluna e o general Italo balbo pronunciou rápido discurso fazendo a doação do monumento à cidade. Ao final, o prefeito Pedro Dias Guimarães agradeceu o oferecimento de tão valioso e histórico marco.
A Coluna Capitolina tem 5,80 metros de altura, apoiada numa base com cerca de 3 metros quadrados. É de mármore cinza e continha duas placas de bronze com os seguintes dizeres (traduzidos para o português): “trazida de um só lance sobre asas velozes além de toda distância tentada por Carlo Del Prete e Arturo Ferrarin, a Itália aqui chegou a 5 de julho de 1928. O Oceano não mais divide e sim une as gentes latinas de Itália e Brasil”. Na outra face do pedestal havia outra placa, também com inscrição em língua italiana, cujo significado no idioma português significa:”Italo Balbo aqui junto com o Esquadrão aéreo transatlântico na rota percorrida por Carlo Del Prete e Arturo Ferrarin a eles recordarão para sempre nesta Coluna Capitolina doada por Benito Mussolini à cidade de Natal consagrada.
No dia 5 de julho de 1978, o ministério da Aeronáutica do Brasil inaugurou, em solenidade, com a presença de autoridades e de expressivo número de pessoas da colônia italiana, uma placa de bronze com as inscrições abaixo: Cinqüentenário da primeira travessia aérea Roma – Natal. Aos aviadores italianos Ferrarin e Del Prete homenagem da Força Aérea Brasileira.
Endereço: Pátio do Instituto Histórico e Geográfico - Cidade Alta (Centro)
6. PALÁCIO DA CULTURA
Antigo Palácio do Governo Estadual, hoje é um moderno centro cultural, conhecido também como Pinacoteca do Estado. É um espaço de exposições culturais e artísticas. Ainda guarda o mobiliário original dos tempos de Palácio.
O prédio, em estilo neoclássico, foi sede do governo até a década de 1980, e, antes disso, abrigou a Assembleia Provincial.
O prédio é tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)
Endereço: Praça André de Albuquerque, s/n Cidade Alta (Centro)
Tel: (84) 3211-4620/7056
Tel: (84) 3211-4620/7056
7. MEMORIAL CÂMARA CASCUDO
Inaugurado em 10 de fevereiro de 1987, O Memorial Câmara Cascudo representa uma homenagem do Governo do Estado ao mais eminente homem de letras, inteligência e cultura do Rio Grande do Norte com projeção internacional. A administração do Memorial é vinculada à Fundação José Augusto, órgão cultural do governo estadual.
O Memorial tem como objetivo preservar e divulgar a vida e a obra de Luís da Câmara Cascudo, abordando diversos aspectos, com destaque a biblioteca particular de Câmara Cascudo, com cerca de 10 mil volumes de diversos assuntos como folclore, religião, história, biografias e romances, conta ainda com quadros que retratam momentos marcantes da vida de Câmara Cascudo. A biblioteca é considerada "rara" por possuir obras do início do século passado e livros em diversos idiomas. Grande parte dos livros tem anotações de próprio punho de Cascudo e dedicatórias dos autores.
O Memorial abriga ainda a exposição permanente O Mestre Câmara Cascudo em um total de cinco salas que abordam aspectos estudados pelo mestre em sua vasta obra literária.
As duas primeiras salas são compostas por quadros com fotos que retratam passagens marcantes na vida de Câmara Cascudo.
As outras três salas abrigam o Estudo da cédula, com quadros indicando o estudo feito pelo Banco Central para o lançamento da cédula de cinquenta mil cruzeiros (Cr$ 50.000) homenageando Câmara Cascudo; Arte popular, com mamulengos e peças feitas pelos artesãos Chico Santeiro, Nenem e Chiquinha; e aSala da magia, abordando temas como catimbó, Judas, sincretismo religioso, supertições e outros estudados por Cascudo.
O prédio chama atenção por ter uma estátua de Câmara Cascudo em cima de uma mão em frente a sua fachada.
Endereço: Praça André de Albuquerque, 30 - Cidade Alta - Natal
Aberto de terça a domingo, das 8h30 às 18h - Entrada franca
Continuando nosso passeio pelo Centro Histórico do Natal, chegamos a Prefeitura.
Descrição de Imagem: Mapa do trajeto a pé da Praça André Albuquerque até a Prefeitura do Natal
8 - PREFEITURA DO NATAL - Palácio Felipe Camarão
Inaugurado em 07 de setembro de 1922, marcando o Centenário da Independência do Brasil.
A sede da Prefeitura recebeu o nome de “Palácio Felipe Camarão” através da Lei 359/A, de 1955, em homenagem ao índio Poti, que era o chefe dos Potiguares, tribo que habitava as margens do Rio Potengi.
Vizinho a sede do Tribunal de Justiça do RN e da Assembleia Legislativa.
Endereço: Rua Ulisses Caldas, nº81 – Cidade Alta
Após uma visita pelo Palácio Felipe Camarão, sugerimos caminhar por mais uns 4 minutos, até a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, passando pelo Sobrado da Viúva Machado (lenda da Mulher Papa Figo), pois mesmo que você não goste de visitar igrejas, vai valer a pena pela bela vista do local.
9. SOBRADO DA VIÚVA MACHADO (LENDA DA MULHER "PAPA FIGO")
Mulher que foi casada com comerciante que morreu cedo.
A
viúva expandiu os negócios do marido. Como não havia banco em Natal, ela que
emprestava dinheiro aos comerciantes.
Em dado momento de sua vida, passou a
ficar reclusa em seu casarão, dizem que por motivo de hanseníase e isso passou
a surgir uma lenda que ela comia os fígados das criancinhas que mandava raptar.
Então, os pais que queriam que os filhos obedecessem e não saíssem sozinhos na
rua diziam: Cuidado, a Mulher "papa figo" (= come fígado) vai pegar você”.
O calçamento da dessa rua é original da época dos escravos,
lembrando os cabeça de nego de Ouro Preto.
10. IGREJA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DOS PRETOS
Construída pelos escravos entre 1706 e 1714, tem localização privilegiada: no alto de um platô de onde se avista todo o Rio Potengi.
É o segundo templo religioso da Igreja Católica mais antigo da cidade de Natal, capital do estado do Rio Grande do Norte, datando do início do século XVIII.
Foi tombada pelo Governo Estadual em 1988, quando foi também restaurada, ganhando novamente suas feições originais.
A Capitania das Artes está localizada no antigo prédio da Capitania dos Portos de Natal está localizado à Av. Luís da Câmara Cascudo, antes Rua da Cruz e também Av. Junqueira Aires, uma das mais antigas ruas da cidade, em pleno Corredor Cultural.
Construída no final do século passado, em alvenaria de tijolo, que serviu de sede ao Governo do Estado, é possível terem sido aproveitadas, no novo prédio, algumas de suas paredes, denunciadas pela existência de alvenaria de pedra preta ou de maré, muito comum nas construções mais antigas do litoral nordestino. É uma edificação em estilo neoclássico, tendo como elemento mais forte a fachada, que se caracteriza pela simetria, ritmo dos cheios e vazios e pelos frontões que a compõem.
No dia 12 de agosto de 1873, foi instalada a Companhia de Aprendizes de Marinheiros, em prédio próprio na margem direita do Potengi. Ao que tudo indica, foi ampliado o velho palácio presidencial. No local, a Companhia funcionou de 1873 a 1885 e, novamente, de 1890 a 1898. Demolido o velho casarão, no mesmo local foi edificado um novo prédio que serviu de sede à Capitania dos Portos até o ano de 1972. O prédio abandonado ficou fadado à destruição, pela ação do tempo e do abandono. Somente em 1972, a sede foi transferida para a Rua Chile, 232, Ribeira, onde funciona até hoje. A transferência ocorreu devido à necessidade do ao acesso ao mar, coisa que não existia na antiga sede. O Rio Grande do Norte recebeu a segunda Capitania dos Portos do País no dia 03 de outubro de 1847. O prédio, que foi tombado em âmbito estadual em 11 de agosto de 1988, foi revitalizado pela Prefeitura do Natal, através do projeto de restauração elaborado pelo arquiteto João Maurício de Miranda, que recuperou os elementos que compõem a fachada principal do edifício. A Fachada do prédio foi a única peça que permaneceu de pé, resistindo e desafiando o tempo. Vazada por muitas janelas, a fachada principal do prédio apresenta ainda dois frontões triangulares nas extremidades da parede e encontra-se emoldurada por cornijas e pilastras que marcam de forma bastante severa a edificação.
Por trás daquela parede, foi construído o prédio que serve de Espaço Cultural da Cidade. O antigo prédio, que já viveu o seu período de esplendor, depois de conhecer a decadência e a ruína, ressurgiu, desenvolvendo uma das mais nobres funções, que é a de servir à cultura.
Endereço: Av. Câmara Cascudo, 434
12. SOLAR BELA VISTA
O Solar Bela Vista carrega em suas paredes um pouco da história da nossa cidade. Construído em 1907, o palacete se destinava à moradia da família do Coronel Aureliano Medeiros, comerciante paraibano que se estabelecera em Natal. Num tempo de poucas casas, o casarão marcou época. O Coronel Aureliano não economizou na construção do seu palacete, cheio de modernidades arquitetônicas, com a construção recuada, no centro do terreno. Metais, vidros, cristais, acabamentos, tudo foi importado da Europa. Todo o mobiliário, além de tapetes, lustres e porcelanas, também vieram do exterior. A casa precisava expressar a importância do proprietário, grande comerciante de algodão, que também exercia forte influência política.
As casas da época eram, em geral, construídas rente às calçadas, mas o casarão ficava no centro do terreno, com jardins em volta, onde as estátuas dos quatro primeiro presidentes do Brasil lembravam a vocação política do coronel. O palacete tinha capela particular, para a missa dos domingos. Era assobradado e seu porão era habitável. No acabamento, a madeira foi usada amplamente em portas e janelas, mas também no piso e no forro de todos os cômodos. Os traços geométricos da construção se repetem nos jardins, onde mangueiras, sapotizeiros e coqueiros cobriam de sombra o solar.
Com a morte do Coronel Aureliano, em 1933, o casarão foi alugado para o Tribunal de Justiça e, mais tarde, para D. Maria Cabral, que o transformou em pensão familiar. Em 1948, Sinval Duarte Pereira, o novo locatário, deu-lhe o nome com que ficaria conhecido até os dias de hoje, ao inaugurar o Hotel Bela Vista. Com o fechamento do hotel, o palacete ficou muito tempo abandonado e a construção se deteriorou bastante, chegando a funcionar como cortiço, onde se abrigaram dezenas de pessoas. Nos anos 80, o velho casarão voltou à vida. O Sistema FERN, através do SESI/RN, comprou o casarão, relocou as nove famílias que então viviam no cortiço e bancou a restauração do imóvel, feita a partir da adoção do trabalho de conclusão de curso de uma aluna de arquitetura da UFRN, Aramires França, e sob supervisão da Fundação José Augusto. Seguindo o projeto, o Solar Bela Vista foi transformado, então, pelo SESI/RN em seu Centro de Cultura e Lazer.
A restauração do Solar Bela Vista e o seu tombamento pelo Patrimônio Histórico (Processo 01/89 – Portaria 042/90 SEC/GS, publicado no Diário Oficial em 17/02/90) trouxeram benefícios em dobro aos potiguares. A cidade recuperou um de seus patrimônios históricos e a população ganhou um novo espaço de cultura.
O Solar Bela Vista – Centro de Cultura de Lazer do SESI é um espaço utilizado para fins educativos e artísticos e culturais, onde estão sempre em evidência cursos, palestras, oficinas, seminários, lançamentos de livros, exposições de artes visuais e atividades ligadas ao cinema, ao teatro, ao circo, à música, funcionando como um dos principais pólos potiguares na produção e difusão da cultura e da arte, atraindo industriários e comunidade. Conta, ainda, com uma Escola Livre de Música, com aulas de canto e dos mais variados instrumentos musicais – teclados, sopros, metais, cordas, percussão. A Escola mantém um núcleo em Igapó, na Zona Norte da cidade. OSolar conta uma Orquestra Popular, formado pelos seus professores de música, e um Coral, integrado por seus alunos, além de grupos musicais em várias formações. Além disso, o Solar planeja e executa atividades culturais junto às indústrias do estado e atua como o braço do SESI/RN, do Sistema FIERN, no patrocínio dos mais diversos e importantes eventos culturais e artísticos do estado.
Endereço:Av. Câmara Cascudo, nº 417, Cidade Alta. Natal/RN
Telefone: (84) 3212-1904
A rua lateral ao solar é original “cabeça de nego”.
13. CASA DE CAMARA CASCUDO
Localizada na Avenida Câmara Cascudo, 377, Centro, Natal/RN, a casa onde Cascudo viveu grande parte de sua vida, sempre foi um endereço de referência da cultura do nosso estado.
A casa foi construída na forma de um chalé, em 1900, pelo industrial Afonso Saraiva Maranhão e adquirida, em 1910, pelo futuro sogro de Cascudo, Desembargador Dr. José Teotônio Freire (1858-1944), quando da transferência do antigo proprietário de Natal. Em 1947, Cascudo comprou o chalé da sua sogra Dona Maria Leopoldina Viana Freire, e lá ele viveu até o fim de seus dias, em 1986. Em 1990, ela foi tombada a nível estadual através da Portaria No. 045/90, como forma de preservação e conservação histórica.
Após o falecimento de Cascudo (1986) e de sua esposa, Dáhlia (1997), a casa permaneceu aos cuidados da filha, Anna Maria Cascudo Barreto, e, em 2005, encontrava-se seriamente comprometida por uma infestação de cupins no seu telhado. Para solucionar este problema foi realizada uma criteriosa restauração, a cargo do Engenheiro Civil Camilo de Freitas Barreto, marido de Anna Maria, iniciada em dezembro de 2005 e concluída em dezembro de 2009, toda realizada com recursos próprios.
A casa foi aberta à visitação pública, a partir de janeiro de 2010, abrigando o LUDOVICUS – INSTITUTO CÂMARA CASCUDO e possibilitando a todos os interessados conhecer um pouco mais sobre o mestre potiguar.
O Instituto está aberto ao público de terça a sábado, das 9h às 17h. A Bilheteria fecha às 16h30.
Preço do Ingresso: R$ 3,00 - Estudantes com carteira pagam meia-entrada.
Escolas da rede pública e projetos sociais são isentos do pagamento.
Professores da escola particular acompanhando grupos de alunos são isentos do pagamento.
O ingresso só pode ser pago em dinheiro, não havendo venda antecipada de ingresso.
Avenida Câmara Cascudo, 377 - Cidade Alta - Natal/RN
CEP: 59.025-280
(84) 3222-3293
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