VIAGEM A PETRÓPOLIS – RJ
PARTE 3
1.continuação Atividades da viagem (2º DIA – 10/JULHO/2009):
c) CATEDRAL SÃO PEDRO DE ALCANTARA: Nossa primeira parada no passeio de Vitória foi à Catedral São Pedro de Alcântara.
O padroeiro da igreja é São Pedro de Alcântara, venerado como protetor da monarquia, instituído por D. Pedro I como patrono do Império Brasileiro.
Descrição de Imagem: Rike e Nando a frente da Catedral |
A construção da igreja foi aprovada em 1871.
Em 1876 o arquiteto italiano Federico Roncetti apresentou um projeto em estilo neo-renascentista, que foi recusado.
Somente em 1882 o Presidente da Província, Bernardo Gavião Peixoto, encarregou o arquiteto Francisco Caminhoá da elaboração do projeto.
Em 18 de Maio de 1884 com a presença do S.M.I. D. Pedro II e as Princesas, a segunda pedra fundamental é posta sobre a primeira, colocada 8 anos antes, no Altar-mór, incluindo-se na urna uma cópia da "Lei do Ventre Livre" A construção teve início e seria concluída em 1939.
O projeto Primitivo, do Engenheiro Caminoá, tinha a fachada voltada para o Palácio Imperial, direção esta que foi modificada por uma sugestão da Princiesa Isabel, quando D. Pedro II realizava uma viagem à Europa. A idéia foi por ele de pronto aprovada. A nova frente da Matriz ficava, pois, voltada para o eixo Av. Koeler, considerada então, a "rua nobre" e que guarda até os nossos dias, a beleza e a harmonia de seu conjunto arquitetônico. A Princesa Isabel talvez tivesse a instuição de que este conjunto arquitetônico seria uma das mais belas vistas que Petrópolis pode oferecer aos petropolitanos e visitantes.
O atual edifício da catedral possui um estilo neo-gótico, muito em voga na época, inspirado especialmente nas antigas catedrais do norte da França do século XVIII foi executada em alvenaria de pedra aparelhada e apresenta obra de cantaria de granito.
A construção da catedral não parou após a Proclamação da República e seguiu até 1901, quando as obras entraram em um período de paralisação.
Terminada a Grande Guerra (1914-18) despertam os ânimos para nova arrancada na construção do templo; não mais em granito aparelhado de Petrópolis, mas em tijolos e argamassa de cimento. Tem início a segunda fase de construção intensiva, de 1918 a 1925.
Finalmente, em 29 de novembro de 1925, é inaugurada a nova matriz de Petrópolis, após 37 anos de trabalhos. Porém, o edifício não estava terminado, faltando a fachada principal e a torre, além de muito da decoração interna.
As obras da fachada só começaram em 1929 e chegaram até o nível da rosácea na década de 1930, que se encontra ao centro da entrada da Catedral, que coroa a imensa porta.
Logo acima, as únicas estátuas figuram os quatro evangelistas (São João, São Lucas, São Marcos e São Mateus) de A. Bordignon.
Descrição de Imagem: Valter observando o interior da Catedral |
Abaixo, entre os feixes de colunas, que se encontram em ogivas, abre-se o vão de ingresso ao templo.
A torre, que só seria construída entre 1960 e 1969, também abriga uma cela campanária com 5 sinos de bronze fundidos em Passau, na Alemanha.
As duas folhas da porta são metalizadas e talhadas na escola de aprendizes em São Paulo, com desenho de Glass Veiga em jaberana, madeira de procedência russa.
Os vitrais do deambulatório e da nave datam em sua maioria da década de 1930.
Descrição de Imagem: Alguns dos vitrais da Catedral de Petrópolis |
Em 1920 foi anulado o decreto que bania a Família Imperial do Brasil, e já em 1921 os restos de D. Pedro II e D. Tereza Cristina foram trazidos do Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa, para o Rio de Janeiro, onde foram alojados na Catedral Metropolitana.
Em 1925 os restos foram transferidos para a sacristia da catedral de Petrópolis.
O Mausoléu Imperial se constitui de uma capela localizada à direita da entrada, é um dos grandes atrativos históricos da catedral.
Descrição de Imagem: Mausoléu Imperial de Petrópolis |
Finalmente, em 5 de dezembro de 1939, o presidente Getúlio Vargas e outras autoridades inauguraram o Mausoléu Imperial, para onde foi transferido definitivamente o sarcófago do Imperador e da Imperatriz.
Em 1971 também foram sepultados no mausoléu a Princesa Isabel e seu marido, o Conde D’Eu.
A catedral possui um importante órgão, fabricado no Rio de Janeiro e instalado em 1937 com materiais e mão de obra nacionais, pelo artista organeiro Guilherme Berner, introdutor da indústria do órgão no Brasil.
O complexo instrumento com 33 registros distribuídos em três teclados manuais e um de pedal, possui 2.227 tubos, tendo os maiores o tamanho de 7 metros e os menores apenas 29 centímetros - vide localização na planta (7).
Descrição de Imagem: Órgão da Catedral de Petrópolis |
Localização: Rua São Pedro de Alcântara, 60 - Centro
Maiores informações: Disque Turismo: 0800-241516
Visitação: terça a domingo - 8h às 12h / 14h às 18h.
Os visitantes podem apreciar os sinos tocando durante a semana às 07h30, 12h00 e 18h00, aos sábados às 18h00 e domingos às 9h30h e 18h00.
Nenhum comentário:
Postar um comentário