FORTE DOS REIS MAGOS (Natal-RN)
Endereço: Praia do Forte, 5 km , Natal - RN, 59010-000
Horário de funcionamento: Das 8h às 16h30 )fechado na segunda feira)
Em formato de estrela, a fortaleza foi construída pelos colonizadores portugueses em 6 de janeiro de 1598 (Dia de Reis; essa data é feriado municipal em Natal), nas proximidades do encontro do Oceano Atlântico com o Rio Potengi.
A primeira construção do forte foi em pau-a-pique, com varas e barreado com lama do mangue. O projeto de construção foi confiado ao jesuíta e arquiteto Padre Gaspar de Samperes, que exercera a profissão de engenheiro na Espanha, porém a edificação atual foi projetada pelo Engenheiro-mor Francisco Farias de Mesquita, em 1614. Mascarenhas Homem lançou a pedra fundamental.
Para a defesa do acampamento, junto à praia, foi iniciada uma paliçada de estacada e taipa, com planta no formato circular, à moda indígena, a 6 de janeiro de 1598 (dia dos Santos Reis), enquanto se procedia à escolha do local definitivo para a fortificação ordenada pela Coroa: um recife, à entrada da barra, ilhado na maré alta e que, na vazante, permitia a comunicação com terra firme (SOUSA, 1885:75).
Sua história começa com a resposta das coroas portuguesa e espanhola à ameaça externa, principalmente pelos corsários franceses que traficavam o Pau-Brasil, determinando a construção de um forte e de uma colônia na sua periferia.
Em 1597, no período da união das coroas portuguesa e espanhola, foi determinado, por intermédio do Governador-Geral do Brasil, D. Francisco de Souza, a organização de uma expedição para expulsar os franceses. Seria também edificada uma fortificação na barra do Rio Potengi, e, posteriormente, seria fundada uma cidade nas suas proximidades. Coube ao Capitão-mor da Paraíba, Feliciano Coelho, e ao governador de Pernambuco seguir para o Rio Grande do Norte, ali estabelecer uma colônia e construir um forte. Manoel de Mascarenhas Homem, capitão-mor de Pernambuco seguiu com 12 embarcações pelo mar, enquanto Feliciano Coelho de Carvalho e Jerônimo de Albuquerque conduziram 350 homens, 900 índios e escravos por terra.
Em dezembro de 1633, apesar da localização estratégica, não impediu a invasão dos holandeses, que chegaram com aproximadamente 2 mil homens embarcados em 16 navios. A partir daí passou a chamar-se “Castelo Keulen”.
Assim permaneceu a fortaleza sob o domínio dos holandeses durante 21 anos. Em janeiro de 1654, os portugueses conseguiram retomar a cidade e o forte. .Mais tarde foi usado como prisão pela Coroa Portuguesa para aplacar os ânimos dos que lutavam pela independência do Brasil. Anos depois foi também utilizado pelos próprios brasileiros para encarcerar os portugueses rebeldes.
O forte (também conhecido como Fortaleza dos Reis Magos) é a construção mais antiga do Estado do Rio Grande do Norte, que se tem conhecimento, considerado um patrimônio cultural do Brasil, reconhecido e tombado pelo Iphan em 1949.
A primeira construção do forte foi em pau-a-pique, com varas e barreado com lama do mangue. O projeto de construção foi confiado ao jesuíta e arquiteto Padre Gaspar de Samperes, que exercera a profissão de engenheiro na Espanha, porém a edificação atual foi projetada pelo Engenheiro-mor Francisco Farias de Mesquita, em 1614. Mascarenhas Homem lançou a pedra fundamental.
Para a defesa do acampamento, junto à praia, foi iniciada uma paliçada de estacada e taipa, com planta no formato circular, à moda indígena, a 6 de janeiro de 1598 (dia dos Santos Reis), enquanto se procedia à escolha do local definitivo para a fortificação ordenada pela Coroa: um recife, à entrada da barra, ilhado na maré alta e que, na vazante, permitia a comunicação com terra firme (SOUSA, 1885:75).
Foto by http://www.praiasdenatal.com.br/forte-dos-reis-magos/ |
Sua história começa com a resposta das coroas portuguesa e espanhola à ameaça externa, principalmente pelos corsários franceses que traficavam o Pau-Brasil, determinando a construção de um forte e de uma colônia na sua periferia.
Em 1597, no período da união das coroas portuguesa e espanhola, foi determinado, por intermédio do Governador-Geral do Brasil, D. Francisco de Souza, a organização de uma expedição para expulsar os franceses. Seria também edificada uma fortificação na barra do Rio Potengi, e, posteriormente, seria fundada uma cidade nas suas proximidades. Coube ao Capitão-mor da Paraíba, Feliciano Coelho, e ao governador de Pernambuco seguir para o Rio Grande do Norte, ali estabelecer uma colônia e construir um forte. Manoel de Mascarenhas Homem, capitão-mor de Pernambuco seguiu com 12 embarcações pelo mar, enquanto Feliciano Coelho de Carvalho e Jerônimo de Albuquerque conduziram 350 homens, 900 índios e escravos por terra.
Em dezembro de 1633, apesar da localização estratégica, não impediu a invasão dos holandeses, que chegaram com aproximadamente 2 mil homens embarcados em 16 navios. A partir daí passou a chamar-se “Castelo Keulen”.
Assim permaneceu a fortaleza sob o domínio dos holandeses durante 21 anos. Em janeiro de 1654, os portugueses conseguiram retomar a cidade e o forte. .Mais tarde foi usado como prisão pela Coroa Portuguesa para aplacar os ânimos dos que lutavam pela independência do Brasil. Anos depois foi também utilizado pelos próprios brasileiros para encarcerar os portugueses rebeldes.
O forte (também conhecido como Fortaleza dos Reis Magos) é a construção mais antiga do Estado do Rio Grande do Norte, que se tem conhecimento, considerado um patrimônio cultural do Brasil, reconhecido e tombado pelo Iphan em 1949.
Descrição da Imagem: Panorâmica da Praia do Forte e do Forte dos Reis Magos |
O forte foi
construído sobre os arrecifes, para garantir que o embasamento fosse sólido;
foram utilizados principalmente areia, óleo de baleia, bronze e grandes pedras
de granito trazidos de Portugal.
Para chegar ao portão de entrada do Forte, é necessário caminhar por cerca de 800 metros, pela passarela de acesso (no início dessa passarela há um local gratuito para estacionar o carro, mas sempre há pessoas solicitando para "olharem" o carro, em troca de dinheiro).
Descrição de Imagem: Valter saboreando uma água de coco fresquinha, na plataforma de acesso da praia ao Forte Reis Magos |
Descrição da Imagem: Valter na plataforma de acesso ao Forte Reis Magos (ao fundo o Forte) |
Descrição de Imagem: Valter no portão de entrada do Forte Reis Magos |
Atualmente (2016) não estão cobrando o valor da entrada no prédio histórico, por se encontrar em reforma. Mas quando costumavam cobrar, era o valor de R$3,00. Não é obrigatório contratar uma visita guiada, mas há monitores voluntários que dão uma aulinha de história bem bacana. (O valor pago ao guia fica a critério do visitante).
Descrição de Imagem:Corredor de entrada |
Nossa primeira parada no interior da edificação foi na sala de entrada, onde encontra-se exposta o Marco de Touros, também chamado de marco do descobrimento, considerado o documento histórico mais antigo do Brasil, segundo informações do nosso guia.
Infelizmente a conservação da construção histórica e de grande importância para o nosso país, não é levada a sério.
O piso original, em diversas partes, já foi substituído e em outros, apenas arrancados e deixados no tempo.
As paredes do forte têm nove metros de largura, um método arquitetônico para evitar que fossem perfuradas pelos canhões dos invasores.
Em torno do terrapleno, ao abrigo das muralhas, encontram-se dispostas a Casa de Comando, os Quartéis e os Depósitos ao centro, uma edificação de planta quadrangular, em dois pavimentos:
• no pavimento inferior, situa-se a Capela, apresentando vãos em arco
• no superior, que só é alcançado a partir de escadas, está Casa da Pólvora, coberta por uma cúpula piramidal.
A construção do centro é uma capela; sob o teto da capela, há ainda um poço, que era usado para coletar água para os soldados (comandantes tinham um reservatório à parte). As salas ao fundo (as que ainda apresentam grades de bronze) eram as prisões.
Descrição da Imagem: Panorâmica do interior da Forte Reis Magos |
Descrição da Imagem: O guia explicando para Valter sobre curiosidades da arquitetura da capela |
Sobre a capela, ficava o depósito de munições. O formato da capela foi projetado de forma que, se houvesse explosões, o maior impacto seria para cima, e não para os lados.
Descrição de Imagem: Capela do Forte |
Em nossa visita em 2011, ainda existiam exposições, como por exemplo no pavimento interior, as antigas celas e dormitórios exibiam painéis ilustrativos sobre a história do forte e do período colonial Brasileiro e objetos da época, como a “besta”, arma de guerra trazida pelos portugueses, utilizada para arremessar pedras, entre outros. Mas infelizmente hoje (2016) já não há mais nenhuma exposição no interior do Forte.
No Pavimento Superior (terraços) é possível desfrutar de uma bela vista.
Descrição da Imagem: Escadas que dão acesso ao pavimento superior do Forte |
Descrição da Imagem: Roberta e Valter ao lado de um dos canhões, na parte superior do Forte |
Os corredores superiores são bastante grossos, como seria de se esperar. O interessante (e não muito visível) é que as paredes têm a mesma espessura dos corredores.
Foto by viagemdeferias |
A parede defronte o mar, a mais grossa de todas.
Aqui foi construído também um farol, que orientava os hidro-aviões que pousavam no rio Potengi durante a Segunda Guerra. Após a guerra, o farol foi desmontado, e um marco foi deixado em seu lugar.
Descrição da Imagem: Guia mostra para Valter onde existia um farol para os hidros aviões |
Descrição de Imagem: Marco fixado no chão, no local onde existia um farol na época da II Guerra Mundial |
O forte era habitado por um capitão, alguns comandantes e aproximadamente 100 soldados. Essa foto mostra três coisas: o reservatório de água doce (porta superior), coletada da chuva; essa água era privativa do capitão e dos comandantes. A porta ao cento é a entrada para o refeitório do capitão (os soldados comiam no pátio central, ao ar livre); essas portas têm arcos, que eram reservados para locais sagrados; no forte, apenas o refeitório e a capela apresentam arcos. À esquerda, a saliência na parede era o local onde os condenados eram fuzilados; há uma abertura na parte superior, onde os condenados, se fossem altos, colocavam suas cabeças. (foto abaixo)
Foto by viagemdeferias |
A Passagem Secreta é uma pequena passagem, que seria de uso exclusivo do capitão, em caso de extrema necessidade; atualmente, exite uma parede no final da passagem, mas segundo os guias, havia um barco de plantão à disposição dos comandantes.
Descrição da Imagem: Túnel destina a passagem secreta de fuga do capitão |
A base dessa escada encontra-se no saguão de entrada. Seria, portanto, o primeiro caminho a ser tomado pelos invasores. A escada tem 8 metros de altura, e não possui corrimão; um soldado português precisaria apenas empurrar o inimigo escada abaixo para feri-lo.
Os banheiros. Todos os habitantes do forte utilizam essa pequena passagem no piso superior como banheiro; os dejetos iam diretamente para o oceano. Essa passagem fica exatamente acima da passagem de emergência, mencionada anteriormente.
Descrição da Imagem: O guia mostra onde era o "banheiro" do Forte |
Descrição da Imagem: vista da beirada do local destina ao "banheiro" do Forte |
Descrição da Imagem: Valter, ao longe, do lado de fora do Forte, em baixo de onde era considerado o "banheiro" do Forte |
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